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Gosto....

dos domingos em que no dia a seguir é sexta feira !
Isto deve querer dizer que cada vez gosto menos de trabalhar... Ou será que o que cada vez gosto menos é do trabalho que faço? Ou será que ambas as conclusões são válidas?

Pena que, seja qual for a resposta mais certa, nada mude na minha vida e tenha que continuar a trabalhar e a fazer este trabalho que cada vez menos enche as medidas...
Fazer o quê....

Quem é quem é?

Adivinhem quem andou o dia inteiro sem fazer nada de verdadeiramente produtivo, a tratar de umas coisinhas aqui de outras acolá mas sem adiantar grande trabalho, que no meio da azáfama ainda foi ao reiki e fazer as unhas de gel e que agora, estoirada de um dia tãaa cansativo, se vai enfiar num ginasio para uma sessão de tortura com o PT? Ah pois é....

É aproveitar hoje que o dia já está perdido (ou ganho) e que 2ª feira tenho tempo para me arrepender e sofrer na pele a falta de produtividade de hoje.
Mas sabem que mais, I feel good, nem tenho complexos de culpa nem nada.... ai que medo!

Há teorias que me tiram do sério...

Agora há pouco uma amiga postou no seu facebook uma noticia alusiva às touradas e ao facto de o presidente de um município ter sido enxovalhado na dita rede social em virtude de ter recusado a realização de touradas no concelho em causa.
Dizia a minha amiga que, e passo a citar, " As touradas não são herança cultural! São barbaridades camufladas por um argumento mal esgrimido de pseudo-tradição! Poupem-me...em Roma tb já nao atiram ninguém aos leões no Coliseu...e era tradição!!!".

Eu cá, que sou completamente contra a atrocidade que considero serem as touradas, concordo a 100 por cento. Mas vi um comentário que dizia exactamente e só isto, e passo a citar: " ...E lamento imenso dizer que a pedofilia existe, a violencia domestica existe, os idosos continuam a ser maltratados, os adolescentes continuam a ser mal formados, as mulheres continuam a ser violadas sem ter resposta da justiça...Alguém quer falar sobre isso??.".

Ora bem, que alguém possa gostar de touradas e defenda a continuidade das mesmas já é uma coisa que me causa alguma espécie, pois por mais que me esforce não encontro quaisquer argumentos que legitimem ou justifiquem o sofrimento de um animal perante um publico efusivo que, pasme-se, acha o maximo ver um animal a ser consecutivamente espetado até quase se esvair em sangue. E sem finalidade nenhuma que não a diversão do publico. Nem tão pouco consigo perceber que seres humanos, que presumo serem pensantes e racionais, fiquem efusivos perante tal espectáculo, a meu ver violento e hediondo. E creio que no ver do bicho também ...
E é por isso que não tenho a mínima pena de cada vez que um toureiro é colhido e leva uma cornada valente... Acho até muito bem feita, pois se o homem, que é supostamente racional, nao hesita em fazer sofrer o animal sem qualquer outra finalidade que não a de manifestacao de poder e de entretenimento do publico, porque haveria o animal de poupar o homem ao sofrimento, ainda por cima quando esse homem está a infringir-lhe esse mesmo sofrimento?

Bem, retomando.
Se ja não entendo isso menos entendo estas teorias de merda, como as do senhor que comentou o post da minha amiga. O que é que o cu tem a ver com as calças, pode saber-se? Lá porque as mulheres continuam a ser maltratadas e violadas, lá porque os filhos da puta dos pedófilos estão cada vez mais por todo o lado, lá porque os velhinhos são cada vez mais abandonados pelos cabrões ingratos dos seus filhos, devemos continuar a promover "espectaculos" em que se matam animais estupidamente? Será que o argumento vale tambem para as lutas de cães? E para a mutilacao genital feminina em muitos paises de África? E para darmos cobertura legal a todos os actos hediondos, violentos e perfeitamente inadmissíveis que se passam por esse mundo fora? Se calhar vale.... Se calhar já que não conseguimos acabar com todas as atrocidades o melhor é permiti-las todas, pelo menos é mais igualitário....

Até aceito, embora não entenda, que alguém goste de touradas. Mas estas teorias é que não, por favor!!!

E pronto....

O Sporting já se foi. O Gonçalo já chorou e esperneou, de tal maneira que esteve quase a levar a chapada que não levou há bocado. O Martim esta triste mas mais conformado. O pai deles deve estar possesso (e cabeçudo), até porque só regressa no voo das 3 da matina.
E eu... eu não estou triste pela derrota e eliminação do Sporting e embora também não esteja contente por isso estou aliviada por os lagartinhos já estarem na cama a repousar a sua tristeza e porque o lagarto-mor só chega quando eu já estiver no terceiro sono e assim nao cedo à tentação de gozar um bocadinho ( é mais forte que eu, esta tentação ).
E amanha já passou e já somos uma família unida e feliz outra vez :-)


Vou mesmo até ao quarto....

... que o Gonçalo até já disse um palavrão, ofendendo a mãe de um jogador do Atlético de Bilbau, e não quero dar-lhe um chapadão na boca nesta noite que, palpita-me, já será má que chegue para o meu lagartito, mesmo sem a chapada.
Aguenta filho, eu avisei que seres desse clube era escolheres uma vida de sofrimento e desilusões....

Isso é que não....

Quando eu era mais nova vibrava com o futebol e o meu Benfica, chegava a chorar quando o meu Benfica perdia. O meu pai até se passava comigo, quando eu virava histérica a ver a bola...
À medida que o tempo foi passando, e que passei a ter (muitas) outras coisas em que pensar e com que me preocupar, fui deixando de ligar ao futebol e ao meu Benfica. Confesso que muitas vezes nem sei a que horas e com quem joga o meu clube...
Mas no meu coração continuo a ser Benfiquista, essa é que é a verdade!

Mas resolvi casar com um sportinguista ferrenho, daqueles que vai a todos os jogos em Alvalade e a muitos fora ( hoje, por exemplo, lá esta ele em Bilbau, como há umas semanas esteve em Manchester). Tive dois filhos igualmente lagartos (embora um deles ainda tenha andado ali meio indeciso, situação que o pai prontamente resolveu pondo o puto a jogar nas escolinha do Sporting, onde duas vezes por semana leva a injecção e canta o lema dos lagartos).

Por isso cá em casa estou em dupla minoria, minoria quanto ao género ( já que sou o único representante do sexo feminino) e minoria quanto ao clube ( já que sou a única Benfiquista).
Mas nem por isso sinto uma pontinha de lagartice no meu interior, felizmente. E nestes jogos das competições europeias, porque acima de tudo sou portuguesa, até quero que os lagartos ganhem....Não fico é especialmente feliz com as vitorias do Sporting (nem nestes jogos) nem nada triste com as suas derrotas (nem nestes jogos).
Desculpem lá filhos, sou capaz de quase tudo por vocês, acho que até de limpar o sebo a alguém... de ser do Sporting é que não....

Nem deu para aquecer....

Agora é o desanimo e a revolta.... Acho que vou até ao quarto que isto começa a ficar pesado...

É a loucura, cá em casa!

O Sporting marcou um golo. E os mais filhos estão completamente tresloucados. O Gonçalo até chora....e o que eles cantam??? Só visto!

Viva a Liberdade!

Hoje, para comemorar a liberdade, vou almoçar um cozido à portuguesa em casa da minha mãe, com imensas couves e farinheira e chouriços da mais variada espécie. E carnucha, da boa, de vaca, de porco....

E não me sinto nada culpada pelas calorias que vou ingerir pois felizmente não faço parte das pessoas que antes de comerem o que quer que seja fazem mentalmente (ou pior ainda, em papel ou numa qualquer App do IPhone) a simulação das calorias que estão a ingerir, do tempo que vão levar a remediar o "erro" e das privações a que, já se sabe, vão ter que se sujeitar na sequência de tão grave deslize. Há pessoas que nem abrem a boca só com medo de começarem a engordar com o ar que possam engolir!

Embora já me preocupe mais (bem mais) do que em outros tempos com as gordurinhas (inhas é porque quero ser simpática) acumuladas nos sítios do costume, embora esteja triste (muito triste) por este corpinho já ter visto melhores dias, recuso-me a ser escrava da alimentação! E acho que também não conseguia ser mais disciplinada, mesmo que quisesse...

Viva a liberdade, viva o cozido à portuguesa!
E vivam os ginásios, para lá deixarmos um bocadinho dos chouriços que vamos ingerindo todos os dias:-)

Coisas que eu gostava e merecia

1. De não ter que trabalhar.
2. De ter tempo e dinheiro para comprar as tantas coisinhas lindas e fofas que tenho debaixo de olho, desde malas a sapatos, desde trapinhos a relógios e outros acessórios.
3. De poder acordar bem disposta, leve e descontraída todos os dias, facto para o qual muito contribuiria a verificação das condições referidas em 1 e 2 supra.
4. De fazer uma viagem pelo menos uma vez por mês, alternando entre cidade cosmopolita (para as compras e, vá, alguns monumentos e visitas/agenda cultural) e paraíso tropical ( para não fazer rigorosamente niente).
5. De ter tempo para mim, para tratar de mim, para pensar em mim, para preguiçar.

É pedir assim tanto?

Coisas de gaja com bom gosto, parte II

Agora estou a usar esta linha da Shiseido, de que também estou a gostar, mas que padece do mesmo aspecto negativo ( o preço).

Moral da história, tenho queda, não tenho é onde cair. Nem culpa de gostar do que é bom.

Coisas de gaja com bom gosto

Nos últimos tempos tenho usado a linha Skin Vivo, da Biotherm. E gosto muito, deixa a pele hidratada e macia, é de fácil aplicação. Apenas tem um senão : é cara como o raio que a parta.

Vai um par de óculos ?

A senhora que trabalha cá em casa há já vários anos ( e que é a minha salvação ) é uma querida, mas tem um grave problema ocular, que se tem vindo a agravar.
Deixar as luzes acesas ( dos quartos, varandas, casas de banho e até do hall de entrada) é mato. Quando chamada à atenção e informada de que a malta não tem qualquer relação accionista com a EDP (pelo que quanto menores forem as contas melhor), diz, com o ar mais incrédulo do mundo, que não reparou.
Entrar-se na sala e encontrar os sofás quase à porta e a mesa de centro completamente desalinhada com tudo e mais alguma coisa é quase tão frequente como o aparecimento de contas para pagar na caixa do correio (o que é praticamente diário). Quando aqui há uns tempos a apanhei em casa e lhe disse para tentar deixar as coisas mais alinhadas respondeu- me que não consegue ver se as coisas estão direitas ou tortas, que o marido até lhe está sempre a chamar a atenção para os quadros e ela nem em frente a um quadro todo torto consegue ver que ele está torto (??!!!!).
Mas até agora o problema não se tinha manifestado nas cores. Até agora, que resolveu combinar um tapete de casa de banho rosa cherry com toalhas de rosto encarnado Benfica e de banho verde alface.

Elisa, este ano não a aumento mas ofereço- lhe uma consulta no oftalmologista e um par de óculos ( low cost), combinado?

Ele há dias, parte II

E para ajudar à festa ligaram da escola do Martim, a dizer que tinha de o ir buscar pois de repente ficou prostrado, quase a dormir em pé, com dores de cabeça e 39,5 de febre.

E pronto, lá arrumei a cangalhada para vir trabalhar para casa, meti-me ao caminho debaixo desta chuvinha desta segunda-feira, com a minha pontada acima do olho direito ( acho que já estou meia vesga e tudo) e trouxe o Martim para casa. Espero que seja apenas uma daquelas febres que, assim como vêm, rapidamente se vão e não algo de mais grave.

Quanto a mim, estou cá com umas ganas de me marimbar para o que tenho de fazer e ir estender-me ali no sofazinho a ver o "Astro Boy" ....

Vou tentar resistir, mas não prometo!

Ele há dias....

É segunda-feira (sem necessidade de considerações adicionais).
O céu está encoberto, cinzento e chove aquela chuva miudinha e irritante.
Tenho uma dor de cabeça desde ontem à noite, daquelas fininhas, tipo berbequim, com especial incidencia do lado direito, exactamente por cima do olho.

Que dia espetacular, estou que nem posso de tão contente!

É só impropérios !

Quando acordo e abro os estores e vejo este tempo de merda só me apetece é dizer palavrões.
E como neste campo ainda posso fazer o que me apetece, vai de abrir a boca e maldizer o São Pedro até mais não, chamando- lhe praticamente tudo menos santo... e político, que apesar de tudo também não tenho o direito de ofender assim o senhor.

Tenho umas coisinhas de nova estação tão catitas para estar e não há meio. Irra! ( ou no meu vocabulário desta manhã de domingo, #%%ss!

Estava capaz....

... de andar o dia todo na futilidade.
Uma limpeza de pele ( que bem preciso), uma massagem relaxante, um almocinho leve, umas comprinhas aqui e ali...
Mas como tenho que trabalhar vou só marcar a limpeza de pele e deixo o resto para outro dia :)

Ai, tão tonta que eu era em nova, quando dizia que mesmo que me saísse o Totoloto (na altura não havia Euromilhões ) ia sempre continuar a trabalhar.... Realmente a malta quando é nova não sabe nada da vida e é perita em falar do que não sabe...

mags

O exemplo do dinheiro que podia ajudar (muito) alguém.

Hoje foi dia de escolha de brinquedos, mais uma vez ( há menos de 4 meses fizemos a ultima escolha e foram sacos e sacos, caixas e caixas).

Pois que hoje ainda foram mais sacos e caixas que da ultima vez....
Aproveitando o facto de os miúdos estarem em maré de generosidade e se terem disposto a dar brinquedos com que normalmente não brincam e/ou com que nunca brincam (percebendo que os ditos vão fazer muito mais felizes os meninos que os vão receber do que têm feito os armários onde têm estado guardados, já que brincar com eles ninguém brinca, pelo menos com uma frequência que permita que os mesmos entrem para a estatística de " brinquedos utilizados e que vale a pena continuarem cá em casa"), conseguimos reunir um monte considerável de brinquedos para dar a quem não tem nenhuns ou tem muito poucos.

São brinquedos novos, com todas as peças, alguns ainda dentro de caixas e e outros ainda dentro de caixas nunca abertas. É verdade, parece mentira mas é verdade. Tenho o carro completamente atolado, bagageira e bancos. Amanhã vou distribui-los por duas ou três instituições, que até tenho vergonha de entregar tudo na mesma, tal é o disparate da dimensão do espólio.
Alguém vai ficar feliz, disso tenho certeza!

PS - Caros familiares e amigos que atolam os meus filhos de brinquedos, os meus meninos continuam a ter muitos armários repletos de brinquedos por isso em vez de gastarem o vosso dinheiro em aumentar a colecção dos elegíveis para dar, sejam mais comedidos nas compras de brinquedos no Natal e aniversario dos petizes (façam uma vaquinha e comprem jogos para a PlayStation, comprem umas roupinhas giras, dêem- lhes livros ou dinheiro para eles pirem no mealheiro, que eles gostam) e canalizem o vosso dinheiro para comprarem bens alimentares para quem deles precisa. Vão ver que é dinheiro muito melhor empregue. Só para terem uma ideia, contas redondas,tenho perto de €1000 de brinquedos no carro. Mais algum esclarecimento ou já perceberam?

Martim no seu melhor!

Uma das coisas que os meus filhos mais gostam aos fins de semana ( para além de me darem cabo da marmita, claro está) é de poderem adormecer na " cama da mãe" ( que por acaso, só por acaso, também é a cama do pai, mas que para eles é sempre referida como sendo a da mãe ).
Mas por vontade do pai eles nunca tinham esse pequeno prazer ( se calhar por isso é que lhe chamam a cama da mãe). Ou porque já é tarde, ou por que daqui a pouco tempo também quer ir para a cama, ou porque sim.
Hoje, já passava da meia noite, chegámos a casa e estávamos a preparar " a deita" quando, numa passagem pela cozinha, o Martim fez a pergunta da praxe. "Mãe, podemos ir para a cama da mãe ?". "Não sei Martim, já é tarde...", disse eu para o demover (sim porque depois há que levá-los ao colo, a dormir, "corpo morto", para a cama deles). "Vou perguntar ao pai".
E foi. Entrou na sala e perguntou ao pai se ele ia já já dormir e se podiam (ele e o irmão) ir para a " cama da mãe" . O pai, claro está, disse que não, que era tarde, que eles tinham que ir para a cama deles descansar, e outros argumentos que tal.
O Martim ouviu a resposta, saiu da sala, voltou à cozinha, e com o seu ar mais cândido e angelical disse: "O pai deixa".
Ri-me até mais não. Este miúdo vai longe!

Sábado

Hum, que bom, sábado. Gosto do sábado.
Sábado é dia para para fazermos o que nos apetece e que não temos tempo de fazer durante a semana. Ir às compras. Ver lojas. Lanchar com amigas. Ficar em casa e fazer arrumações (o que eu gosto de arrumações, e de encher, de cada vez que as faço, sacos e sacos de coisas que ja nao usamos cá em casa e que vao ser tão úteis a alguém que as nao tinha ). Descansar, deitada no sofa, pés para cima, 3 páginas de livro, uma soneca, vira para o outro lado, mais um passar pelas brasas
Hoje, 30 minutos depois de me levantar da cama, o que me apetecia mesmo era ficar em casa sem fazer nada de previamente determinado, ler um livro, dormir, dormir, dormir.
Mas considerando que tenho que ir buscar os meus filhos que estão na avó, almoçar, levar o Gonçalo a um sarau de natação e ficar lá 2 horas (literalmente) a assistir, ir ao supermercado e ao talho comprar mantimentos cá para casa e para doar à Casa do Gaiato no âmbito de uma iniciativa promovida pela escola do Gonçalo (e que aqui publicamente aplaudo), fazer os TPC com o Gonçalo ... Quer-me cá parecer que nem vou passar o meu belo bumbum ( força de expressão, o belo) pelo sofá , quanto mais dar-me ao luxo de me virar de um lado para o outro a dormitar!

O encerramento da MAC

Como não podia deixar de ser, como boa portuguesa que sou, também tenho uma opinião sobre o eventual/ eminente/ tão falado encerramento da MAC (Maternidade Alfredo da Costa), essa instituição hospitalar onde, de há muitos anos para cá, tem vindo a nascer grande parte dos lisboetas (em sentido lato).
Só que a minha opinião não coincide com a opinião que, de forma maioritária, tem vindo a ser expressada nos meios de comunicação social, nas redes sociais, nos cabeleireiros, paragens de autocarro e cafés. Ou seja, contrariamente ao que parece ser a opinião quase generalizada dos portugueses, não considero uma atrocidade, uma imoralidade nem uma vergonha o encerramento da dita.
E passo a explicar porquê.

O senhor António tem um carro de 1970 que tem tratado com todo o zelo e mesmo carinho, na tentativa de o preservar. Foi nesse carro que transportou os seus filhos à escola, que foi de ferias e que se deslocou para todo o lado durante os últimos 42 anos. Mas o carro já não reúne as mínimas condições de segurança e conforto. Já não aguenta uma viagem longa, tem uma manutenção caríssima e por mais dinheiro que se gaste com ele não passa de um carro velho e obsoleto. Perigoso até, para quem viaja com ele e para quem com ele se cruza na estrada.
É verdade que o senhor António podia substituir os bancos já gastos pelo tempo, pôr uns vidros eléctricos, mudar o sistema de travagem e mesmo o motor. Mas o investimento não iria compensar. Por isso, o senhor António despede-se do seu boguinhas ( com pesar, é certo) e compra um carro novo, moderno, com vidros eléctricos e ar condicionado, seguro, com ABS e sistema de travagem eficaz, e, imagine-se, até amigo do ambiente.
Consideram esta decisão do senhor António uma atrocidade, uma imoralidade ou uma vergonha? Eu cá considero que o senhor António tomou a decisão certa, que só peca por tardia. A partir de agora, o senhor António vai poder deslocar-se com conforto e segurança, sendo nessas condições que igualmente ira buscar os seus netos à escola e visitar a família à terra.

A D. Lurdes nasceu numa casa de construção precária num bairro degradado dos suburbios de Lisboa. Nessa casa cresceu, casou, teve e criou os seus filhos. Sem agua, sem luz, com uma casa de banho na rua. No inverno ainda usava o penico, pois sair da cama para a noite fria e escura custava muito. A determinada altura, a D. Lurdes conseguiu ligação à rede publica de agua, luz e saneamento, mas a sua casa continuava a não ter quaisquer condições de conforto, não obstante a D. Lurdes, mulher prendada e asseada, a ter sempre num brinco de limpeza e arrumação. Era uma casa velha, fria, húmida e apresentava já alguns sinais de degradação e insalubridade. As condições da casa punham inclusivamente em causa a segurança e a saúde de quem nela vivia e de quem a frequentava. Os netos da D. Lurdes nem queriam lá dormir!
É verdade que a D Lurdes podia fazer umas obras de raiz na casa, remodelando-a por completo, reforçando a estrutura e as paredes e equipando-a com alguns equipamentos modernos e que conferissem maior conforto aos seus ocupantes. Mas o investimento não iria compensar. Por isso, a D Lurdes despede-se da sua casinha ( com pesar, é certo) e muda-se para uma casa mais nova, um pequeno apartamento com alguns anos mas com muito melhores condições, com gás canalizado, transportes à porta e, imagine-se, até com aquecimento central.
Consideram esta decisão da D Lurdes uma atrocidade, uma imoralidade ou uma vergonha? Eu cá considero que A D Lurdes tomou a decisão certa, que só peca por tardia. A partir de agora, o D. Lurdes vai poder descansar na sua casa, quentinha e confortável como ao fim de uma vida de trabalho e labuta bem merece. E já tem condições para ficar com os seus netinhos, que adoram a casa nova. Principalmente o Manuel, que na casa velha ao fim de um par de horas, por causa da humidade, ficava logo cheio de pieira!

A MAC, é certo, é uma maternidade onde nasceram milhões ( não devo estar a exagerar) de portugueses, com um historial incrivel e admirável, que será sempre recordado. Mas uma maternidade não é suposto ser um museu. É suposto ser uma instituição clinica dotada de todas as condições, infra-estruturas, equipamentos, etc, , adequados a trazer crianças ao mundo e a prestar assistência médica a essas crianças e suas mães. Não é preciso ser um hotel de 5 estrelas, é verdade, mas também não tem que ser um curral.
E a MAC, meus caros, já há muito não reúne as condições que era suposto uma maternidade desta dimensão e envergadura reunir. As instalações estão velhas e obsoletas. Os equipamentos e meios clinicos disponiveis não estao preparados para dar resposta a determinados quadros clinicos decorrentes de complicações que afectam muitas das mulheres que lá vão parir e que em situações mais complicadas têm que ser transferidas para outros hospitais, com os riscos dai decorrentes. Conforto não existe, nem muito nem pouco, nenhum.
É verdade que se podiam fazer obras de fundo no edifício, mas o investimento não iria compensar e a MAC continuaria padecer de alguns problemas que a afectam ( nomeadamente o de apenas estar preparada para dar resposta às complicações com os bebes e nao com as suas mães).
Por isso, sou de opinião que esta é uma decisão correcta, que peca por tardia.

Outra questão é a de saber qual a alternativa proposta pelo Governo e se a mesma é viável ou se é pior a emenda que o soneto. Essa sim, a meu ver, a verdadeira questão que se coloca e que ainda não vi convenientemente esclarecida.


Hoje é um daqueles dias...

... em que o "programa das festas", em termos de afazeres profissionais, é recheado de coisas que NÃO ME APETECE MESMO NADA FAZER.
Calma mags, calma, é mais um teste...
Respira, respira....Inspira pelo nariz, deita fora ela boca, isso mesmo...


mags

Gosto de ....

Não necessariamente por esta ordem de preferencia, gosto:

- de ovos moles de Aveiro, especialmente aqueles envolvidos em hóstia ( e cujas caixas conseguem durar, nas minhas mãos e nos dias de sorte, cerca de 30 minutos);

- de sol, seja ele na praia, no campo, no carro ou na varanda (desde que incida na minha pessoa faço uma espécie de fotossintese mas em vez de produzir oxigénio emano boa energia) ;

- de livros, daqueles que nos marcam para a vida ( lembro-me de alguns livros que li em criança, em adolescente ou há muito tempo como se os tivesse lido ontem - é o caso de "Rosa minha irmã Rosa" e de "Lote 12- 2 Fte." (ambos da Alice Vieira), dos "Filhos da Droga", da "Mãe de David", do "Diário de Anne Frank", entre muitos outros; dos que li recentemente vem-me imediatamente à memória o fantástico "Quarto de Jack");

- de caracóis, amêijoas e mariscadas (preferencialmente regados a bom vinho);

- de risottos, seja do que forem, e de comida italiana em geral;

- de conhecer novos países e lugares e, de uma maneira geral, de andar na gandaia;

- de pessoas bem dispostas e que me façam rir e de pessoas que me ensinem alguma coisa sobre qualquer assunto ou sobre a vida;

- de jantaradas e noites de copos de mulherada (e de onde qualquer homem, se se infiltrasse, sairia ao fim de um par de horas, corado até à ponta dos cabelos ou de outra extremidade que prefiram considerar);

- de filmes lamechas, com lindas (e irreais) estórias de amor e de algumas musicas hiper pirosas (é o meu guilty pleasure, confesso!)

- de música, de quase todo o género e feitio, nacional e não, pop, rock, hard-rock, Rap, popular, fado, enfim, quase tudo;

- de não ter hora pra acordar e de ficar na cama, na ronha, o tempo que me apetecer ( só o facto de saber que o posso fazer ja me chega, nem preciso de ficar);

- de marmelada com queijo ( pena ser tão calórico);

- de puré de maçã ( já estou a salivar);

- de ver o "Querido Mudei a Casa" , de revistas de decoracao e de idealizar e desenhar (arcaicamente, há que dizê-lo) os meus moveis, para depois os mandar fazer as "minhas criações";

- dos beijos e abraços dos meus filhos;

- de dar presentes, e tambem de os receber;

- de ter um blog.

E mais gostos ficam para outro post, que agora vou ali comer uns ovos moles envolvidos em hóstia.... Brincadeirinha, não vou nada que estou de alimentação controlada ( e infelizmente nao tenho cá ovos moles).

É por estas e por outras....

É por estas e por outras que já não sou desse clube...

...... http://www.rititi.com/2012/04/10/premio-vai-ao-cu-a-ti-bispos-intolerantes/

De volta à tortura...

Após três semanas de balda voltei ao ginasio e às torturas que me são inflingidas pelo meu PT.
De referir que a balda prolongada foi justificada:
- numa semana estive fora três dias e nos dois que não estive tive trabalho até ao camandro (até porque ia estar fora e depois de ferias);
- na outra semana estive de vacances na neve e, por motivos óbvios, não podia deslocar-me ao ginásio;
- na terceira semana estava a descansar das férias (sim, que férias na neve é uma canseira - de férias tem muito pouco, aliás, são mais trabalhos forçados...) e a pôr em dia o trabalho acumulado em três dias de ausencia em trabalho e uma semana de ferias.

Retomando, lá voltei eu ao ginasio. Treinei ontem (sozinha) e hoje (com o carrasco).

Estou que nem posso, mais ou menos como este senhor.
O que vale é que daqui a uns tempos vou ficar como estas senhoras (ou deverei dizer, cabras??!!!)


A um metro do chão




Comprei este livro na sexta-feira. Já o li. E aconselho que todas as mães e pais de crianças o leiam também.
É um livro despretensioso ( que não pretende funcionar como manual para pais ou livro de auto ajuda ) mas que relata as nossas crianças ( as minhas, pelo menos) e as nossas reacções a elas ( as minhas, pelo menos) de uma forma rigorosa e fiel como poucos.
Das perguntas difíceis às birras, das causas da má-educação (de que todos nos queixamos) aos TPC's, das férias às mentiras, tudo é uma reprodução fiel da realidade, da minha, pelo menos (e julgo que da dos outros pais e mães também ).

Fica a minha recomendação. E os meus parabéns à autora, por tão bem ter colocado em prosa os pensamentos, anseios e terrores que também são meus.

Muitos sorrisos esbocei ao ler este livro. E muitas gargalhadas dei...

mags



Preciso de mudar....

Preciso de mudar a minha vida, já nao há como não o reconhecer!
Já arranjei muitas desculpas e justificações mas a verdade é só uma: esta minha actividade profissional causa-me mais stress que prazer, mais dores de cabeça que alegrias, mais angustia que realização.
E vai daí concluo que tenho que dar uma reviravolta nisto. E que nao posso andar a enganar-me por mais não-sei-quantos anos, a tentar convencer-me que gosto mesmo muito do que faço, que é mesmo assim e que todas as pessoas sentem o mesmo. Nao é verdade, pelo menos assim quero ( e preciso) de acreditar.
Mesmo que todos me digam que é um disparate, que eu só podia ser advogada, que nasci para isso. Nao acho que seja verdade. Nasci para outra coisa qualquer, ainda nao descobri foi para o quê.... Mas vou descobrir, olaré se nao vou!

Coisinhas mai lindas!

Os meus filhos são lindos. E eu amo-os. E às vezes, muitas, fico triste comigo por não ter a paciência que deveria ter para eles, por não lhes disponibilizar o tempo (e a qualidade de tempo) que eles merecem e a que têm direito. E às vezes, algumas, fico triste com eles pois parece que fazem de propósito mas que eu revele a parte mais desagradável da minha pessoa (a que grita, dá palmadas e se descontrola).
Mas amo-os muito.
Ah coisinhas mai' lindas da sua Mãe.

mags

Amor é...

ficar duas horas dentro do carro enquanto os filhos treinam nas escolinhas de um clube cujo equipamento nos fere os olhos, por não ser o nosso clube ...
Vão pagar isto tão caro que nem imaginam, seus lagartinhos de meia tijela :)


mags

Need energy...

Parece que corri a meia maratona de Lisboa ou que fui sujeita a um esforço físico ou intelectual intenso (o que por acaso não foi o caso), tal é a moleza que me tem assolado durante parte do dia...

Precisava de uma boa dose de energia, directamente no sistema circulatório para ver se isto arribava!
Somebody helps me??!!

mags

Para reflectir...

<< Numa terra em guerra, havia um rei que causava espanto.
Cada vez que fazia prisioneiros, não os matava, levava-os a uma sala, que tinha um grupo de arqueiros em um canto e uma imensa porta de ferro do outro, a qual haviam gravadas figuras de caveiras cobertas por sangue.
Nesta sala ele os fazia ficar em círculo, e então dizia: "Vocês podem escolher morrer flechados por meus arqueiros, ou passarem por aquela porta e por mim lá serem trancados".
Todos os que por ali passaram, escolhiam serem mortos pelos arqueiros.
Ao término da guerra, um soldado que por muito tempo servira o rei, disse-lhe:

"Senhor, posso lhe fazer uma pergunta?"

"Diga, soldado."

"O que havia atrás da assustadora porta?"

"Vá e veja."

O soldado então a abre vagarosamente, e percebe que à medida que o faz, raios de sol vão adendando e clareando o ambiente, até que totalmente aberta, nota que a porta levava a um caminho que sairia rumo a liberdade.
O soldado admirado apenas olha seu rei que diz: Quantas portas deixamos de abrir pelo medo de arriscar?Quantas vezes perdemos a liberdade e morremos por dentro, apenas por sentirmos medo de abrir a porta de nossos sonhos?>>



Para a minha amiga Tita

Cronologicamente falando, conheço-te há pouco. Emocionalmente falando, conheço-te desde sempre.

Na verdade, passaram pouco mais de 2 anos desde que nos vimos a primeira vez, num jantar de reveillon em que nem sequer estava nos meus melhores momentos, talvez pelas muletas que trazia penduradas nos braços, talvez pelo sapatinho à Noddy que compunha a minha indumentária de festarola...
Depois disso, creio que só nos voltámos a ver uns meses depois, na minha estreia nas lides dos desportos de inverno, vulgo ski, que tambem não foi grande espingarda: o jeito para a coisa que era pouco (vá, nenhum), o Martim que não queria tocar na neve (o que em plenas pistas de Andorra não é tarefa fácil) nem ir para a "guarderia" porque não percebia o que diziam, o Gonçalo que não queria estar nas escolinhas, as discussões conjugais a 2.500 m de altitude e a 1.500 decibeis de som, a febre que me atacou no 2º dia, enfim, uma tragedia.
Mas o facto é que a partir dai, estabelecemos uma relação que, feliz ou infelizmente, não tenho com muita gente.
Sinto que te conheço desde sempre. Sinto que me conheces tambem desde há muito.
Gosto de ti, muito, como se fosses uma amiga do berço, alguem que me acompanha há seculos, em todas as fases da minha vida, que tem estado sempre lá e que sei que vai lá estar sempre que eu precisar.
Sei que sabes que eu tambem estarei sempre lá para ti, embora a sensibilidade não seja o meu forte (isso sabemos as duas :) ).


E hoje, que fazes anos, não posso nem quero deixar de dizer-te que és uma pessoa muito especial, de quem gosto muito e que quero ter na minha vida até aos dias em que já andar toda curvada do reumático e das maleitas da idade (ainda havemos de ir para o centro de dia juntas, velhinhas mas todas animadas!).
Hoje, que fazes anos, não posso nem quero deixar de registar, para a posteridade, que te vejo como uma pessoa fantástica, generosa, amiga do seu amigo, justa, pura (às vezes até em demasia, para teu mal), altruista, optima mae, excelente filha, extraordinaria amiga. Uma pessoa como conheço poucas.
Uma pessoa a quem a vida tirou o tapete, a escada e o chão em menos de um puff mas que tem demonstrado grande coragem, grande bravura, enorme força. E uma gigante capacidade de aprendere de renascer das cinzas, de tirar lições das agruras que a vida tem imposto, de viver de acordo com as novas regras.

Sei que não foste um acaso nem uma coincidencia na minha vida, até porque cada vez mais acredito que não há coincidencias. Apareceste para me ensinares alguma coisa e acredita que já ensinaste.
E, coincidentemente (ou não) tens o nome da minha mãe. E, coincidentemente (ou não) são as unicas pessoas que conheço com esse nome.

Para ti, 2 palavras: Parabéns e Obrigada.
Parabéns porque hoje fazes anos.
Obrigada porque nasceste e fazes parte do meu mundo.

Um beijo do tamanho do mundo.

Olha que porra!

Estes senhores do Google ad sense têm cá uma lata!!!
Então nao põem publicidade da concorrência neste blog!?! Tanta coisa para anunciar e escolhem advogados e sociedades de advogados!
Já estou como o outro: "Bela merda!"

Jogos de Fome


Um filme diferente mas um bom filme. A estupidez humana empolada mas, bem vistas as coisas, não muito longe da essência que cada vez mais reveste.
Matar ou morrer. Ou, para uma minoria, live and let live.