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Vida de mãe. Uma beleza.

Depois de ontem termos chegado a casa à uma da matina, vindos de uma festa digna de registo, hoje às 08 da manhã foi alvorada.  Cria mais velha com torneio de futebol lá para os lados da Penha de França.  Às 09 lá estávamos. Cinco horas (sim CINCO HORAS) depois ficámos despachados. 
Saimos de lá eram praticamente duas da tarde. Trouxemos um amigo da equipa para passar o resto do dia connosco e ficar cá a dormir, até porque amanhã a saga do futebol continua,  a partir das 14h e por um período que suponho ser a tarde inteira. Uma maravilha, portanto.

Fomos almocar e depois de uma hora em casa fomos à rua, jogar à bola. Sim, jogar à bola que os pobrezinhos já não jogavam há muito tempo e estavam a ressacar.
E agora cá estão todos em casa, as minhas crias e o amigo da cria mais velha,  em amena cavaqueira e a portarem-se lindamente.

E o sábado já se foi. Nisto.

Não é emocionante, a minha vida social? Tambem acho...

A arma mais poderosa é o empenho.

Ontem tivemos uma festa organizada pela escola da cria mais velha.
Uma festa solidária,  que visava angariar bens alimentares e de higiene para duas instituições do concelho.
Uma festa que foi o culminar de uma iniciativa promovida por um professor de uma turma de 4 ano (não a da minha cria), sob a epígrafe de Educar para a Cidadania. Mas este professor implicou de tal forma os alunos da sua turma nisto que os alunos implicaram os pais e todos juntos implicaram a escola, que por sua vez implicou os alunos das outras turmas e suas familias, fazendo esta festa.
Meninos de diversas idades, de várias raças e credos, originários de outros paises e culturas, participaram nesta festa. Exibições de karaté e hip hop. Mini sarau de ginastica (fantástico, por sinal). Pais a tocarem acordeão com filhos. Filhos a cantarem com pais. Canções em inglês cantadas pelos meninos, do jardim  de infância ao quarto ano. A turma inteira a cantar um hino à paz, com letra dos alunos e musica dos pais, que acompanharam à guitarra. Musicas de rap compostas e cantadas por alunos, num apelo à paz, solidariedade e ajuda mútua. Uma professora a cantar fado (e bem), acompanhada à guitarra por dois pais. Uma menina de origem ucraniana a cantar uma canção de esperança na sua lingua natal, com o orgulho e comoção dos pais, mesmo sentados à  minha frente.
Uma escola pública, dos subúrbios de Lisboa.
O exemplo que de nem tudo depende de dinheiro e de que a vontade e o empenho são a melhor ferramenta para a acção social e cívica.
A prova provada e comprovada de que as pessoas é fazem a diferença.
Obrigada professor Nuno. Mesmo.

Ri-te enquanto tens dentes.

Hoje, entre uma reportagem que vi na TV sobre um ex jogador de futebol brasileiro que caiu em desgraça e uma passagem de uma novela em que uma vilã é ajudada por uma ex amiga a quem fez a vida negra, veio-me à memoria a situação de uma amiga que já teve tudo o que o dinheiro pode comprar e que actualmente está numa situação muito dificil.
E logo de seguida ocupei os meus pensamentos com uma série de situações parecidas e com outras diferentes mas igualmente (ou mais) destruidoras com as quais, por motivos pessoais ou profissionais, me tenho vindo a cruzar ao longo da minha vida adulta (que antes disso estas coisas passavam-me ao lado).
Pessoas que perdem filhos. Pessoas que perdem empregos e fontes de subsistencia. Pessoas que por azar, destino e até culpa própria perdem tudo. Dinheiro, qualidade de vida, afectos, muitas vezes dignidade.
Tudo isto para concluir o óbvio. Que não podemos dar nada por garantido. Que não somos nada. Que aqueles que julgamos estarem incondicionalmente connosco são os primeiros a dar à sola quando caimos. Que a única coisa que temos certo nesta vida é a morte. Que a vida são dois dias e já nem o Carnaval são três. Que entre o dia em que sem pedir nascemos e o dia em que sem querer quinamos há um intervalo de duração indeterminada e desconhecida, que temos que aprender a aproveitar verdadeiramente.
Porque na vida não há descontos nem prolongamentos e muitas vezes no inicio do jogo vamos logo a penalties.No sistema de morte súbita.

Carpe Diem.

Escusam de agradecer.

Ora aqui está uma informação util, para ambos os géneros pois que ambos agradecem a boa forma do dito coiso.
Depois não digam que eu não sou amiguinha.

De nada.

Nem me cabe um feijao.

Em menos de duas semanas duas pessoas que lidam diariamente com a cria mais nova - a professora de teatro e o motorista da carrinha de transporte escolar - fazem questão de nos transmitir que a mesma é uma criança como nunca se viu, madura,  educada,  humilde, respeitadora,  um menino de ouro.
Ambos dizem que o Martim é um doce de menino e uma criança com valores e posturas que não são usuais na sua idade. A professora de teatro comenta que até já partilhou com o marido.  O rapaz que guia a carrinha deixa escapar que até falou com a namorada sobre o assunto. Ambos nos dão os sentidos Parabéns pelo filho que temos.
Estou que nem posso, de orgulho. Já tinha recebido muitos elogios acerca deste meu filho mas estes foram especialmente eloquentes.
Mas surge-me a duvida: será que a professora de teatro anda metida com o moço da carrinha? Vou investigar...

Não sei o que me deixa mais chocada...

Se a percentagem da abstenção nestas eleições europeias,  que mostra nitidamente que a malta se está a cagar para o país e para a representação do dito na europa (sim, não me venham cá com tretas de que a malta não levantar o cu para ir às urnas, nem que seja para votar em branco ou desenhar uma pilinha,  é uma forma de protestar ou mostrar o seu desagrado, que eu não engulo essa).
Se a extrema direita francesa ter tido os resultados que teve (está tudo doido?! extrema direita?!).
Se o Marinho Pinto ter sido eleito para deputado europeu (senhores, têm consciência do que isto significa? aposto que vão marcar reuniões às escondidas lá em Bruxelas,  para decidirem a melhor maneira de o interditar ou ver reconhecida a sua anomalia psiquica, que este homem não respeita nada nem ninguem, é um fala barato sem a minima consciencia da gravidade das coisas que diz, não obstante de quando em vez acertar uma! E eu que pensar que ja me tinha livrado dele...).

A segunda escolha, já que as cabras não aceitaram as condições

O que me ri a ouvir isto. Embora seja caso para chorar.

Uim uim uim uim uim

Numa outra vida devo ter sido uma sirene. Uma puta duma sirene insuportavel, que apitava como se não houvesse amanhã,  ensurdecendo todos os que viviam à minha volta, fazendo perder o tino a tudo quanto mexia.
Nesta vida tenho a paga. Sou atormentada por alarmes. Os alarmes do prédio das traseiras. Primeiro era o da garagem do prédio das traseiras, que me tirou horas de sono e sobre o qual aqui ja falei. Agora é o de um andar do mesmo predio, que toca de 10 em 10 minutos durante 5 minutos de cada vez desde ontem, noite e dia, dia e noite. É pior que ter um recem nascido chorão em casa. Já nem dou pela criatura do andar de cima, qie também chora como se não houvesse amanhã e tivesse que chorar e berrar tudo hoje. O alarme toca. Não está ninguém em casa. Nao se sabe o contacto dos proprietários.  E o alarme toca. E a gente não dorme. E o alarme toca. E eu já o oiço mesmo nas pausas do toque.  Puta que pariu o alarme. E o prédio.  E o caraito.

Portugal e o racismo

Estou a ver o Prós e Contras,  que hoje aborda o tema do racismo. E meus caros, digam o que disserem, somos um povo racista. Racista e preconceituoso.  Com a mania que não,  que somos tolerantes,  bonzinhos,  o que torna a coisa mais grave.  Porque somos dissimulados. Hipócritas. Falsos.
Brandos costumes o tanas!!

Alive and kicking

Há mais de um mês que não vinha aqui botar prosa. Bem sei que não sentiram a minha falta mas de qualquer forma cá estou eu de volta.

Neste último mês e picos nada de muito relevante aconteceu na minha vida: continuo a trabalhar como gente grande, continuo a andar sempre a correr e sem tempo para nada, continuo a pôr muito pouco os ténis no ginasio (mas  comprei uns tenis novos, cheia de boas intenções), continuo a ser fumadora (mas já comprei um cigarro electronico, para ver se largo o outro, que tão bem me sabe - o outro,  não o electrónico), continuo sem ganhar o euromilhoes (e a jogar esporadicamente no dito), enfim, nada de novo.

Pensando melhor, aconteceram imensas coisas: fui à Disney (à de Paris de França) e amei, andei três vezes seguidas na Space Mountain e a cabeça não me saltou (mas ficou mais baralhada que o costume), passei um fim de semana em Barcelona e também amei, tenho cartão de credito para pagar até à reforma (consequência dos primeiro e terceiro items anteriores), tenho um filho que subitamente cresceu e já fez um exame nacional (hoje), tenho outro filho que é um artista nato e foi convidado pela professora de teatro do colegio para um projecto giro giro no panteão nacional (e que felizmente nao implica que quine, como acontece aos residentes do dito),  apateceu-me uma dor fininha no joanete que promete ficar (maleitas da idade), enfim, só novidades.

Alive and kicking, e isso é que importa!