...

...

Ah ah ah!

Entretenimento barato.

Ultimamente tenho procurado implementar o principio do não te enerves nem te ponhas a jeito de te enervar.
Como calcularão são inúmeras as possibilidades diárias de treinar este princípio,  atrevo-me mesmo a dizer que as mesmas estão a cada esquina.

Uma das maneiras de evitar pôr-me a jeito de me enervar é não levar o carro para o centro da cidade,  optando pelos transportes publicos (no caso,  pelo metro).
Foi o que fiz hoje. Rápido e sem stress. Sem filas de trânsito e sem dificuldade a estacionar.
E com direito a entretenimento pois apanhamos sempre conversas engraçadas, especialmente quando os passageiros falam ao telemóvel (maravilhas do mundo moderno, falar ao telemovel no metro,  dentro dos túneis), em tom de voz elevado (porque apesar das modernices o metro ainda faz barulho, e considerável) e esquecendo-se que estão outras pessoas na carruagem (que não são surdas).
Tudo por €1,40 cada viagem.

Parabéns Caçula!

Ontem o meu bebé fez 7 anos. 7 anos!  Ainda ontem nasceu, gordinho,  lindo e chorão.  Continua lindo e choramingas mas agora é um lingrinhas...

Muitos parabéns Martim, meu bebé lindo! Amo-te tudo.

Fácil de entender.

Li agora uma noticia que relatava a conclusão de que os portugueses usam muito mais medicamentos para a ansiedade e insónia do que os italianos, os noruegueses e os dinamarqueses.

Não percebo o espanto, qual é a dúvida? Este país está num estado tal que só com a moca é que uma pessoa não desespera...

Este miúdo sai-se com cada uma....

Esta manhã íamos no carro quando reparei que o Martim ia sem cinto.  Nesse preciso momento passámos por um polícia e eu disse ao meu filho: "olha, não tens cinto e está ali um policia, se ele vê vamos os dois para a esquadra".
Responde o Martim: "os polícias deviam ser como os árbitros...".
"Como os árbitros?", questionei espantada.
Ao que o Martim respondeu,  com um ar normalíssimo: "Sim, como os árbitros. Cegos.".

Lagarto de coração este meu filho, como é fácil de constatar.

E este nó na garganta...

Ouvi a noticia do desaparecimento de seis estudantes, engolidos pelo mar da Praia do Meco, à hora de almoço, naquele domingo de há dois meses atrás. Que tragédia, pensei. Sem mais.
Ao final da tarde desse mesmo dia, ao entrar no meu prédio, constatei que o rapaz já encontrado sem vida era o T., meu vizinho de prédio. Encontrei os pais a chegar a casa, a mãe em braços, uma dor lancinante no seu rosto. Fiquei desolada, acho até que quando tomei consciência desta realidade me fui abaixo nas canetas. E não consegui evitar as lágrimas que me inundaram os olhos. E a alma.

O T. era um míudo 5 estrelas, simpático, educado, boa onda. Era um miúdo. Giro. Alegre. Cheio de vida. Tinha 21 anos. Tinha acabado a licenciatura. Filho único da mãe. Era um miudo porra!
 
Estive todos os dias que se seguiram a pensar sistematicamente no T. e na sua mãe, a ver a cara dele, giro o miudo. Vi-o crescer. Vi-o na escada, no banco de jardim à porta do predio com os amigos, a sair para  o futebol, a chegar da faculdade, a despejar o lixo. Ao longo dos anos. Tantas vezes se metia com os meus filhos. Tantas vezes me meti com ele. Que merda esta que lhe havia de acontecer!

Estive todos os dias que se seguiram quase a rezar para não encontrar a mãe do T. na escada, só com medo de ver o sofrimento dela. Vi-a no velório. Um caco. Nem consigo descrever a tristeza e o desespero que vi nos olhos daquela mulher. Vi-a no dia em que fizeram a homenagem na praia. Uma dor que não se consegue explicar. Um nó na garganta que não se desfaz. Vejo-a ao longe de vez em quando e nem tenho coragem de me aproximar pois sei que nem o meu mais sentido abraço lhe vai dar algum consolo. Nada lhe vai dar consolo. Não há  consolo possível.

Passaram dois meses. As noticias sucedem-se. As não noticias também.  As especulações são muitas. As certezas são poucas, apenas uma é certa certa, a de que a vida destes miudos acabou precocemente e de forma trágica. 
Nestes dois meses não passa um dia, um único dia, em que não pense no T. ... Às vezes até dou por mim a imaginar que me cruzo com ele na escada e que tudo isto não passou de um sonho mau. Muitas vezes não consigo conter as lágrimas,  quando penso nele e na mãe,  quando vejo uma imagem na televisão ou uma foto num jornal. Ainda ontem vi uma foto dele em pequeno e toca de abrir a torneira...
Não é justo, isto. É mesmo uma grande merda e por mais voltas que dê à cabeça não consigo encontrar nenhuma lógica nisto. Só me leva a crer que o destino está traçado, para o bem e para o mal.

Quando a tragédia mora ao lado parece que é mais trágica. Quando a tragédia mora ao lado temos plena consciência de que um destes dias, do nada, nos pode entrar pela porta adentro,  sem bater, sem pedir licença,  invadindo a nossa casa e deixando-nos sem qualquer hipótese de lhe barrar a entrada.  E isso é assustador...

A verdade é que a minha unica relação com este miúdo era de pura vizinhança, pelo que até a mim me faz confusão esta tristeza que sinto, esta pena que tenho dele. E da mãe dele, que não me sai da cabeça. 
Acho que nunca me vou esquecer deste miúdo e desta tragédia. Acho que este nó na garganta veio para ficar.

Espero que descanses em paz Tiago. Eras um miudo top. Tinha que te dizer isto.

Que é como quem diz....

... "falam falam falam mas não os vejo a fazer nada".

Estou incrédula!

Hoje, logo ao acordar, apercebi-me que o som que pairava na rua era diferente. Vim à janela e vi. Esfreguei os olhos, várias vezes. Fui até lavar a cara, não fosse dar-se o caso de ainda estar a dormir e a sonhar. Mas não.  Era verdade. Não estava a chover e o sol brilhava.
Acreditam nisto?!

Como a cria mais velha vê os elementos da familia

Hoje encontrei na mochila da cria mais velha este papel.

Os items comsiderados foram idade, Cri (aquela coisa da inteligência,  disse ele, ou seja, QI), profissão e o que vás (era faz) em casa. Depois, para terminar, uma apreciação geral sobre cada um.

Vejam esta maravilha!

Gosto destes dias

Como posso eu descrever o meu sentimento por estes dias de chuva torrencial,  vento e frio... Por estes dias em que mal pomos um pé na rua quase levantamos voo (eu pelo menos quase levanto mas talvez seja por ser esbelta), em que o chapéu de chuva se vira em menos de um ai... Por estes dias em que os cabelos ficam frisados, em que somos brindados por banhocas simpáticas de condutores que no conforto dos seus veiculos se estão a cagar para os peões e passam a abrir.
Gosto destes dias. Quase tanto como de pisar cocó de cão com sapatos de sola irregular,  tipo ténis.

E é isto...

Vão abanar o c....amandro!

Epá,  eu até que sou adepta das terapias zen,  holisticas e alternativas.
Mas abanar uma criança desta maneira?! Tenham paciencia!!! O paizinho não vos deu nada para brincar? Não têm marido nem namorado, vizinho ou homem do gás que vos arranje algo para brincar? Vão à Internet senhoras, procurem sites, façam qualquer coisa... Mas não abanem as crianças desta maneira. E sobretudo não venham com conversas que é espectacular e uma maravilha para a saúde e desenvolvimento das pobres.

Será possivel?

Li agora uma noticia que, entre outros aspectos, referia que no dia 8 de Janeiro, a mãe de uma das jovens vitimas da tragédia no Meco esteve reunida com o director da Lusófona, que lhe apresentou um orçamento com o valor das propinas que faltava pagar em 2014. 
Fiquei estupefacta! Será isto verdade? Será que não há um mínimo de decência?  Será que a dita mãe,  a ser isto verdade,  não mandou o senhor director para a pata que o pôs?

Caro Pedro

Caro Pedro,

Sabes Pedro, aqui em Portugal estamos a passar tempos dificeis. Chamam-lhe crise. Vieram uns senhores a que chamam "senhores da troika" para ver se por cá se anda a gastar bem o dinheiro. Esses senhores impõem metas e restrições que o governo de cá tem que cumprir, percebes? E o governo, esse, anda-nos a lixar bem a vida! Parece que faz umas coisas que têm que ser feitas mas a que custo Pedro! A educação vai de mal a pior, a saúde está pela hora da morte, a justiça continua cega. E surda. E muda. 
Temos (aparentemente) praxes que acabam em tragédias.  Pessoas perdem os empregos todos os dias (apesar das estatisticas,  feitas sabe o teu vizinho com que criterio, dizerem que a taxa de desemprego está a baixar). Pessoas emigram todos os dias, por que cá não dá para pagar contas. Temos uma carga fiscal cada vez mais cega e insuportável.  O Eusebio quinou. O Pedro Teixeira e a Cláudia Vieira separaram-se. As universidades públicas têm alunos matriculados ha mais de 20 anos, com os contribuintes a custear a brincadeira.  Enfim, estamos na merda.

E tu Pedro, brindas-nos com esta chuva há mais de 2 meses! Francamente... Não sei se esta chuva são lahrimas tuas, que solidariamente choras connosco, ou se é resultado de teres deixado o torneira aberta.
Se é porque choras, peco-te que te controles porque para deprimidos bastamos nós. Sugiro, por isso, que tomes um ansiolitico e permito-me sugerir tambem que, caso aí as coisas funcionem como aqui, marques a consulta com o medico no privado sob pena de quamdo conseguires a consulta no público ja estares com uma depressão profunda.
Se é pela segunda razão apontada, agradeço que feches a puta da torneira (e acho que a Sunsun Cristas subscreve). Agradecida.

Deixa lá ver se percebi...

Deixa ver se percebi: um jovem que sofreu um acidente de viação sábado, em Chaves, que ficou inconsciente e em estado grave, teve de fazer 400 quilómetros de ambulância para ser visto por uma equipa de neurocirurgia, dado não haver vagas nos hospitais próximos.

Deixa ver se percebi: no hospital de Chaves não havia a especialidade de neurocirurgia e nos hospitais mais proximos - Porto, Gaia, Matosinhos e Braga - não havia vagas. Parece que em Coimbra também não o quiseram.

Deixa ver se percebi: na ausência de vagas nos hospitais do Norte o rapaz, em estado grave, viajou 400 km de ambulância até Torres Novas (porque o helicóptero não tinha condições de segurança para levantar voo), durante mais de 4 horas e depois de ter estado 3 horas à espera em Chaves.

Deixa ver se percebi: depois dessa viagem - em que tinha tido tempo para ir até ao outro lado do mundo - esteve ainda por bastante tempo à espera do helicóptero que o havia de levar até Lisboa, onde deu entrada o Hospital de Santa Maria.

Deixa ver se percebi: isto não aconteceu num canto recôndito do mundo mas sim num país da União Europeia, no ano de 2014.

Não,  não percebo!





Grande Mike!

Ontem foi dia de concerto. Michael Bublé no Meo Arena.
Grande concerto,  grandes músicas, grande voz! O Michael, alem de ter uma voz fabulosa, é o verdadeiro artista. Simpático.  Divertido. Boa onda.

Amei!

Deixo-vos com  esta música,  linda.