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Dignidade, muito prazer!

Que semanas estas!

Entre:
- o piripaque do meu homem, que foi de charola para o Hospital onde ficou 2 dias com a cabeça às voltas e sem se aguentar nas canetas - síndrome vertiginoso, ao que parece - e que depois disto e da operação que fez em Maio ainda está a meia canja,
- a azáfama das colónias de ferias dos miúdos (com despertares madrugadores para arranjar 4 lanches, dois para cada um, almoços pic-nic, pôr protector solar, tomar banho, vestir-me, deixá-los na escola às 07h55 e já com 10 minutos de atraso em relação às ordens da organização, ir busca-los ao final do dia, tudo praaticamente sozinha,
- as reuniões na escola actual (de final de ano lectivo), as matriculas na escola nova da cria mais nova,
- o tratamento em curso, com 9 bombas ao dia, manhas quinzenais no hospital a tirar sangue e a cumprir procedimentos do dito tratamento (sobre o qual aqui falarei outro dia que não hoje, que não me apetece e afinal quem manda aqui sou eu),
- o trabalho a rodos e sempre a bombar, sem tempo para almoçar nas maior parte dos dias,
AINDA ESTOU VIVA!
Mas na verdade sinto-me mais morta que viva...

Parece que a semana que acaba amanha (por sinal com um dia que se antevê ser de loucos, para não fugir muito aos que tenho tido) já teve 30 dias, non stop....

Se o trabalho dignifica o Homem, dignidade não me falta, chiça!
Ou melhor dizendo, fo#a-se!

Parabéns Avozinha!

Hoje, 14 de Julho, a minha avozinha fez 89 anos.
89.
E estava toda contente.
Se eu chegar à idade dela, quero ter ao meu lado um homem como o meu avozinho. E não dispenso a beijoca.






Dos dias maus...

Ontem foi um dia mau, em que o sentimento de felicidade não integrou o balanço do dia.
Anteontem o mesmo.
Nos dias, semanas meses que antecederam nada de muito diferente, no balanço final.
Hoje nao vai ser diferente, creio até que será pior, tal o meu humor a esta hora da manha e quase antes do dia começar.

Estou cansada, do corpo, da cabeça, da alma. Estou farta, quase de tudo, quase de todos. Olho para trás e vejo que ou estou maluca (já estive mais longe, é certo) ou chego à triste conclusão e passei (e passo) toda a minha vida a dar mais do que recebo, em termos de amor, preocupação, dedicação, lealdade. E quando digo toda é toda.

Sozinha, é como estou, sozinha dentro de mim. E com uma vontade cada vez mais incontornável de mandar tudo ao ao ar!

Amanha é outro dia. E provavelmente nada mudará. Até um dia, quero ainda acreditar.

mags

Martim, no seu melhor

O Martim é um cabo dos trabalhos para adormecer, mesmo que esteja a cair de podre. Chama-me 1000 vezes, inventa 500 desculpas para dizer alguma coisinha, desde a sede, os sonhos maus, o calor e logo a seguir,o frio, etc.
Eu passo-me.
Ontem foi assim. E ele, em jeito de sugestão, sai-se com esta: "Ó mãe, tens que me comprar Angelicalm, assim eu já durmo como um anjo, não é o que tu queres?"
Estou a pensar seriamente nisso, estou estou...

E depois da Copa do Guadiana...

... Estamos de regresso a casa!

Chegámos ontem e foi o regresso às lides domesticas: desfazer malas, lavar e estender maquinas e maquinas de roupa, pré-preparar mochilas e lancheiras para a colónia de férias da cria mais velha (que começou hoje, logo pela fresca) e para o passeio de final de ano do outro (que incluía almoço pic nic e tudo).
Hoje, foi acordar pela fresca (07h00), tratar da maltinha a toque-de-caixa e deixa-los na escola para rumar a um primeiro dia de trabalho em grande, daqueles de pós-ferias em que temos milhentas coisas para dar andamento.

Mas o mais duro tem sido gerir as emoções da cria mais velha, que está a morrer de saudades da sua equipa e do seu Mister, me pergunta a toda a hora porque não pode ser sempre assim e continuarem sempre juntos, na mesma equipa. E fica com os olhos marejados de lagrimas. E passado um bocado volta à carga e pergunta quando vão embora os que vão sair, e se nunca mais os vai ver e que vai ter muitas saudades...
Lá lhe tento explicar que a vida é mesmo assim, e que agora saem uns mas depois virão outros, e que ele deve ficar contente pelo facto de alguns amigos e o seu Mister irem para outros voos, e ele diz que fica mas que vai ter muitas saudades dos que vão sair, e das suas mães e pais e dos seus irmãos, e que nunca mais os vai ver. E fica triste só com essa possibilidade...E tento animá-lo com os que ficam, e ele anima-se mas logo se lembra dos que saem e fica novamente triste.
Sofre com isto, o pobre (logo desde o momento em que saiu do "estagio" e em que chorou compulsiva e sentidamente com o fim da sua experiência inesquecível e com as saudades que já então dizia sentis) e eu sofro por vê-lo sofrer.
"Mãe, de vez em quando podemos ir ver os jogos das equipas para onde eles vão?". Glup! "Podemos, filho, podemos".
Acho que não me safo, estou feita!