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Diário da Copa - The End

E ficámos pelos quartos de final :((((

Jogámos mais e melhor, contra um adversário com quem já tínhamos jogado duas vezes esta época (um empate e uma vitória, foram os resultados que então tínhamos alcançado) mas desta feita perdemos 4-3. 
O futebol é isto mesmo. Mas dói um bocadinho mais assim, na verdade...

Os miúdos, desolados, choravam como madalenas (será que as madalenas choram mais que as marias, eis a questão).
Os pais, também com vontade de se atirarem para o chão a chorar (pelo menos aqui a Dolores), apoiaram os seus meninos e o Mister até ao fim. E depois do fim. Porque eles merecem. Porque eles deram o seu melhor. Porque eles são os maiores.
Os pais aplaudiram o adversário no fim do jogo, como tem que ser. Porque o futebol (e a vida) é perder e ganhar (na maioria dos casos mais vezes perder do que ganhar). Porque respeitar o adversário é ser homenzinho e é isso que queremos que os nossos filhos sejam, HOMENS, de preferência HOMENS DE CARÁCTER.
minha cria ainda não apreendeu completamente essa parte e estava de tal modo transtornada que além de chorar  - o que normalmente não acontece, pois embora fique triste quando perde costuma aceitar as derrotas pacificamente -demonstrou algum mau perder, situação que já aflorámos com ele no fim do jogo mas que voltaremos a abordar quando as hostes acalmarem. Ainda está a crescer e crescer é isso mesmo, aprender a lidar com as derrotas, do futebol e da vida, e tirar delas lições.



Mas foi um bom torneio miúdos. Nós, pais, continuamos convosco, orgulhosamente! 
Grandes miúdos. Grande Mister. Grandes pais. 
GRANDE Team 2004. 


Para mim, que sou benfiquista (e que tive, portanto, uma época de fugir), só me faltava a porra da Copa do Guadiana para sofrer mais um bocadinho... 
E  escrever posts sobre o futebol e estas lides era a ultima coisa que aqui a Dolores alguma vez pensaria em fazer...E no entanto, cá está ele... 




Diário da Copa do Guadiana

E cá estamos nós, no bom caminho. Ontem dois jogos, duas vitorias. A primeira sem espinhas. A segunda por larga margem mas num jogo mais disputado.

Hoje tivemos direito a manhã de praia com os miúdos e equipa técnica e à tarde novo jogo e nova vitoria.
Fim da primeira fase, quatro jogos quatro vitorias.
Primeiro lugar do grupo, rumo aos quartos de final, que são já amanhã.

Agora é roda bota fora. E a claque a torcer pela equipa, como tem que ser. Até eu já grito e canto! Sou uma nova mulher, portanto...

Força equipa, vamos lá Team 2004.

Loures Allez!

mags

Está um calorão no meu escritório








mags

Boa miúdos!

E hoje os nossos pimpolhos estrearam-se no Torneio do Guadiana a ganhar. 10 a 0.
Grande resultado miúdos!







No fim do jogo tivemos direito a uns minutinhos com as crias, que serviram para matar as primeiras saudades e para saber as novidades : com quem ficaram no quarto, como correram as coisas, se dormiram bem, se se orientaram com as coisas.
Ficámos também a saber que, de uma forma geral, os putos ainda sao pouco autónomos para preparar o pequeno almoço e para realizar outras tarefas.
Culpa das mães, obviamente. Como alias não podia deixar de ser, mesmo que não fosse. Já o jogarem à bola é mérito dos pais, como está bom de ver...

Findo o pequeno momento de convívio, durante o qual cantámos os parabéns à mãe de um jogador - Parabéns Sandra-, e lá vimos as nossas crias irem embora, com a equipa técnica.

Até amanha ricos filhos!









Divirtam-se que nós agora vamos à praia, já que cá estamos!

mags

E cá estamos nós...

Lá veio a família toda rumo a Vila Real de Santo António, nos Algarves, para assistir ao Torneio do Guadiana, em que a cria mais velha veio participar.


Ontem, domingo, entregámos a cria ao staff, com uma mala cheia de roupas, cuecas, chuteiras e recomendações. "Cuidado com as piscinas. Atenção às varandas. Cumpre a regras e as indicações do mister. Olha o creme para não ficares com a pele (atópica) numa miséria. Juízo. Diverte-te", foram algumas das dicas.
E lá deixámos a cria mais velha no hotel onde vai ficar com a equipa durante a próxima semana. Ele na maior, num excitamento. Nós (pelo menos eu) com um ligeiro aperto no coração. O Martim um tanto ou quanto tristonho pois ferias sem o mano velho não é fácil...

À noite lá fomos à cerimonia de abertura do torneio (a 4 aerios cada pessoa com mais de 3 anos). Mais de 100 equipas. Miúdos a perder de vista. Pais e familiares nas bancadas a puxar pela sua equipa, quando ela entrava no recinto.
Loures é a nossa!
Loures, Loures, Loures, gritávamos nós. E eles ouviram e viram-nos. E ficaram todos contentes. E nós também...

Loures, Loures, Loures!



mags

E o tempo passa. E eles crescem. E eu envelheço.

Constato que estou velha, piegas e lamechas quando me emociono na festa de finalistas de Jardim de Infância da minha cria mais nova, quando sinto um aperto no coração e um nó na garganta quando tomo consciência de que o meu bebezolas já vai para o primeiro ano (outrora primeira classe) e, logo, já nao é um bebezolas...

Isto de vê-los crescer não é fácil de digerir... Palpita-me que quando me aperceber que as crias estão prestes a iniciar a vida sexual tenho um colapso nervoso...

Bem mais cara...

Cum caneco! Esta gente é inteligente pra chuchu...

Diz a Prof. Dra. Raquel Varela ( a jeitosa que mais valia ter estado calada no Pros e Contras pois levou uma resposta "daquelas" de um puto de 16 anos), em directo na TVI 24, que o facto de se trabalhar numa fabrica sob as ordens de um chefe faz com que o nosso corpo produza enzimas que diminuem a nossa esperança media de vida.
Fónix, ele há estudos profundos. E profícuos.

Estava capaz de dizer que o facto de trabalhar para pagar impostos, que é um problema que me assola deveras nos dias que correm, está a implicar que o meu corpo produza enzimas capazes de diminuir a esperança media de vida do ministro das finanças, ou a integridade física vá, que estou a uma nesga de lhe ir à fuça.
Epá se calhar não devia escrever isto que ainda sou condenada pelo tribunal a uma pena de multa, como o outro....

Bad Boys!

Mais associação, melhor educação....

Cá está a foto do bolo do primeiro encontro da Associação de Pais.
A festa foi um sucesso, graças aos organizadores e àqueles que trabalharam como gente grande para tornar possível este encontro.

Valeu a pena! Vale sempre a pena, quando a alma não é pequena, já dizia o Fanã.

Fim de semana calminho

Sexta Feira:
Amigo do Gonçalo a dormir cá em casa. Eram 3, portanto. E demoraram 3 horas até, depois de 289 avisos meus e 1 (unzinho!) do pai, se deixarem de conversetas e dormirem. Já estávamos perto da 1 da manha.

Sábado:
Enquanto 2 foram para o futebol da praxe (o meu mais velho e o amigo), eu fiquei em casa com o mais novo, pus a maquina a lavar, apanhei roupa, fiz camas, estendi roupa, lavei louca. Fui tomar o pequeno almoço. O mais velho chegou. Fomos almoçar ao Mc.. Comprámos 2 presentes para as festas de aniversario que a cria mais nova teve este fim-de-semana. Fui para a festa da Associação de Pais (que organizámos pela primeira vez e que foi um sucesso, com direito a bancas de tralhas, bijuterias e doces, a demonstrações de Hip Hop, expressão dramática e ballet, porco no espeto e musicoll do melhor). Estive 2 horas a fazer de porteira e a cobrar entradas. Fui num instantinho pôr o Martim a uma festa. Voltei para a festa da Associação de Pais. Fui noutro instantinho levar o meu afilhado a casa. Voltei para a festa da Associação de Pais. Num ultimo instantinho fui buscar o Martim à festa. Voltei para a festa na escola. Comi, dancei e estive na festa. Ajudei nas limpezas e arrumações pós-festa. Cheguei a casa às 22h30. Lavei o equipamento para o mais velho jogar no dia seguinte. Arrumei o saco do futebol, chinelos, chuteiras, caneleiras, equipamento (entretanto já seco na maquina, benditas modernices), bolsa do banho, água. Aterrei no sofá, com os pés como duas batatas.

Domingo:
Enquanto o pai foi com o mais velho para o jogo, eu fui com o mais novo para o shopping.
Lá comprei as fitas de finalista para o mais novo, que é finalista de jardim de infância (no meu tempo não havia nada destas merdas, nem jardim de infância quanto mais finalistas do dito).
Lá fiz as compras da semana, que são sempre meia dúzia de coisas mas que no fim redundam inevitavelmente em 200€ e nada de especial no interior dos sacos.
Voltámos para casa. Almoçámos. Arrumei as compras. Arrumei a cozinha. Pus roupa a lavar. Fui pôr a cria mais nova a outra festa de anos, no IKEA ( nem sabia que se faziam festas de aniversario no IKEA). Fiquei lá a fazer tempo e aproveitei para comprar umas coisinhas que precisava. Voltámos para casa. Comecei a fazer o jantar. Os meus pais vieram cá jantar. Estendi roupa. Deitei-me no sofá. Vi um filme (até ao fim).

Feriado:
Dormi até às 11h30. tomei o pequeno almoço e comecei em arrumações. Enquanto os homens cá de casa almoçavam eu arrumava. Fiz camas. arrumei a cozinha. Tomei um banho de imersão. Vesti-me e fui onde, onde? Ao wrestling, imaginem só. Em Odivelas. Do melhor. Tenda de circo, 2 filas de cadeiras à volta do ringue. Artistas de topo, como devem calcular. Mas com cartazes espalhados em tudo quanto é poste nesta cidade (só aqui na minha urbanização cerca de 430) não houve como fugir... Desafiei uma amiga para vir comigo, e ainda nos fartámos de rir.
Acabou perto das 19h00. Viemos para casa. Fiz o jantar, um bolo e leite creme. Pus a maquina a lavar. Jantámos. Arrumei a cozinha. Estendi roupa. Preparei sacos para os treinos de futebol de amanha e mochilas para a escola. Deitei-me no sofá.

E aqui estou, como se tivesse sido atropelada por uma camião. Pergunto-me porquê, pois tive um fim de semana caminho, na verdade não fiz nada...

Nem mais nem ontem!

Olha que belíssima ideia!

Ah sim?

Vi esta frase e pensei "mas há umas quantas que por mais que de voltas à cabeça nao consigo vislumbrar qualquer razão, só um acaso, muitas vezes infeliz"...
E depois vieram-me à ideia algumas delas, por exemplo, ..... Queriam!!!

Grande Merda, é o que é!

Hoje morreu o Rodrigo, aos 3 anos de idade e depois de andar a lutar durante 2 anos contra uma leucemia.
Ando pelo facebook e vai na volta dou de caras com esta noticia. E choro. De todas as vezes. Sem conseguir evitar.
Penso no que este menino lutou, no que sofreu, no que aguentou. Penso na mãe, no pai, no que terá sido o sentimento de verem o seu bebe sofrer o que sofreu, aguentar o que aguentou. Para acabar assim. Puff!
E choro.
Penso nos meus filhos, felizmente tão saudáveis. Penso na possibilidade de lhes bater à porta uma coisa destas. E choro.
Penso nas MERDAS que nos consomem diariamente, que nos vão levando a alegria, a juventude, a vida, aos poucos e na importância que efectivamente não têm. E continuo a chorar.
É uma grande merda isto da vida! E fico por aqui, que já estou outra vez a chorar...

Descansa em paz Guerreiro!