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Ora se dois mais dois são quatro...

Dizem que más  energias atraem más energias. Que os malucos  reconhecem outros malucos. Que instabilidade puxa instabilidade. E eu acredito que assim é.

Sucede, porém,  que tenho uma forte propensão para me deparar com pessoas toxicas e que transbordam problemas e energias negativas , gente pouco equilibrada  ou mesmo com uma enorme pancada, gente com uma total incapacidade de se pôr no lugar do outro, de ver o outro lado da moeda, de ceder em coisas perfeitamente irrisorias para as questões que estão  em causa mas que acabam por bloquear a resolução das mesmas.
E não  estou a exagerar, é mesmo assim, impressionantemente assim.

Ás vezes penso  que é castigo. Ou karma.
Outras vezes penso que é um sinal para mudar de vida e me dedicar a uma profissão que não  implique lidar com os problemas dos outros, de manhã  à noite (embora nesta  fase dk campeonato não vislumbre  como poderia fazer esta alteração  drástica  de rumo).
Mas o que me deixa verdadeiramente apreensiva e preocupada é  que dizem, e eu acredito, que os malucos reconhecem os outros  malucos e se dois mais dois são  quatro  e os malucos me escolhem sistematicamente para lhes aturar as maluquices...

Porque será?

A cria mais velha hoje estava completamente às aranhas com os constituintes das frases, designadamente com os grupos adverbiais e os grupos preposicionais. Chamou -me. Olhei para aquilo durante 20 minutos. Fiquei na mesma. Pesquisei na net. Parece que é  isto. Perceberam? Nem eu. O meu filho tem 10 anos...

Ah e tal as crianças não gostam da disciplina de Português, não estudam, não sabem nada, não se interessam...

Dois meses e tal depois...

Dois meses  e tal depois de cá ter vindo a ultima vez, eis que estou de volta.

Podia dizer-vos que estive sessenta e tal dias a fazer uma introspecção  profunda, no sentido de conhecer o meu eu interior, o de onde venho e o para onde quero ir. Mas não, não foi o caso. Embora não me tivesse feito mal que assim fosse, dado que em grande parte dos dias me sinto completamente perdida de mim e do que quero aqui andar a fazer e que o sitio para onde mais frequentemente me apetece ir é para o raio que m'a parta...

Podia dizer-vos que estive mais de dois meses a fazer um balanço do ano findo e a definir prioridades para o novo ano. Mas não,  não foi o caso. E ainda bem, que balançar balanço eu o ano todo e se tirar um periodo especificamente para o efeito ainda me esbardalho de vez... Além  disso, e considerando que todas as prioridades/ objectivos que defini para o ano 2014 ficaram por cumprir (ainda não checkei ao detalhe mas palpita-me que quando (se) o fizer chegarei a esta triste conclusão) fazer este balanço iria ter como consequência ir mesmo para o raio que m'a parta. Prioridades para o novo ano.... nao reputo necessário fazer mais comentários  além  de que tenho anos de prioridades em atraso, pelo que vou reciclar...acho.

Podia dizer-vos que estive basicamente assoberbada em trabalho  e mergulhada na rotina asfixiante em que é  a minha vida, todos os dias menos poucos (nuns desses poucos até  dei uma escapadinha a Roma, não à avenida de Lisboa mas à cidade de Itália). Não seria uma falta absoluta à verdade mas não foi isso que me arredou destas paragens.

Foi falta de paciencia, de motivação, de força anímica. Foi preguiça, inércia, não sei. ..

E as coisas que aconteceram durante a minha ausencia?!
Fui a Roma e amei.
A minha cria mais velha, que amo, fez uma década de existência.
O Sócrates foi de choldra. Lamentavelmente não  levou consigo (com ele, entenda-se) alguns comparsas do mundo em que se move (ou movia, que agora tem pouco espaço).
Passou-se mais um Natal, com prendinhas catitas (não posso aqui descrever os meus presentes não vá  algum ressabiado da blogosfera vir acusar -me de ser futil e egoista, com tanta gente a passar fome - o que bem sei ser verdade e muito lamento embora não me pareça que a solução para os problemas do mundo passem por eu não receber ou oferecer prendinhas de Natal ou viver como uma indigente), com episódios familiares de noite de Natal que foram desde um conselho de familia na noite de consoada (em que o arguido era a cria mais nova e o advogado de defesa - brilhante, diga-se - era a cria mais velha) até uma peça de teatro escrita, encenada, coroagrafada, adereçada e representada pelas duas crias, que fizeram tudo sozinhos (tenho uma cria mais nova que é um actor nato, desde que nasceu aliás...), um brilharete.
Deu-se uma passagem de ano, a minha ultima antes de entrar nos "enta". Porra. Que é  para não dizer foda-se, que é  feio e fica mal.
E iniciou-se um ano que promete pois logo no primeiro dia de trabalho estou com uma carraspana daquelas, os senhores do gás vieram trocar o contador e fiquei sem caldeira (ou seja, sem água quente e aquecimento, o que nestes dias fresquinhos não é, diga-se em abono da verdade, grande transtorno), sendo  que felizmente consegui resolver o problema sozinha pois a assistencia tecnica vinha mas não veio), voltou a sair água em barda da cabine de duche (puta que pariu a merda da cabine que qualquer dia passo-me da marmita e parto-a em pedaços e depois ponho os bocadinhos todos a boiar) e a sanita entupiu.

Estou, portanto, de volta, para vos desejar um Feliz Ano Novo.