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Reciclagem e utilidade

Trabalho de casa da cria mais velha: reciclar materiais que tivesse em casa para fazer algo.
A cria queria fazer um robô com rolos de papel higiénico. 
A mags, pouco dada a trabalhos manuais, não vislumbrava como o poderia ajudar nessa missão de construir um robô com rolos de papel higienico, ainda para mais em tempo record. Além do mais, para que raio serve um robô feito com rolos de papel higienico?!

Então a mags sugeriu à cria que fizesse um suporte para colocar pulseiras, que cumpria o objectivo pedido (reciclagem) e tinha a vantagem de servir para alguma coisa. A cria acedeu.

Com um rolo de cozinha, recortes de revistas, papel aluminio e um frasco de fruta de beber realizámos o nosso guarda-pulseiras. E colocámos  umas pulseiras, para que não restassem duvidas acerca da finalidade do objecto.

Reciclámos com utilidade, portanto. Eis o resultado.

Não chove nem está orvalho....

No meu novo estaminé ainda não instalámos ar condicionado, estavamos exactamente à espera que o frio de rachar chegasse.
Pois que ele, o frio de rachar, chegou em grande e nós,  ainda sem ar condicionado, temos tiritado, enregelado, congelado. Os pés nem se sentem. As costas até doem, no final do dia, de tanto estarem contraídas por horas e horas.
Qual aquecedor qual caneco, é um frio que não se aguenta.
Desconfio que amanhã,  com a descida de temperatura que se prevê,  vou encontrar no meu estaminé qualquer coisa deste género.

Era de valor...

Pois que agora a malta vai ao hospital publico, paga a taxa moderadora (18 aerios) e recebe um molho de folhas contendo os direitos e deveres dos doentes (que oportunamente analisarei) e um papelito denominado "Modelo de Informação de Custos do Serviço Nacional de Saúde".
E o que consta do  "Modelo de Informação de Custos do Serviço Nacional de Saúde", perguntam vocês.  Pois que consta que apesar de pagar os tais 18 aerios por este episodio de urgência o mesmo tem um custo de 52 aerios, que é como quem diz que o Estado, generosamente, suporta o resto. Diz tambem este modelito quanto gastei neste hospital durante o ano, ou melhor, quanto custei. Por acaso fui baratinha, pois só custei os 52 aerios, o que significa que só custei 34 aerios pois 18 paguei directamente e à chegada.

Deveria ser adoptado identico procedimento quanto aos impostos, devia haver um modelito que dizia quanto já pagámos este ano e quanto é que representamos de gasto para o Estado, por referência ao que pagamos.
No meu caso não tenho grandes duvidas que teria saldo para viver 3 vidas sem pagar impostos...

Onde está a mags?

Pois que a mags, ao fim de duas semanas com uma urticaria ou alergia ou o raio-que-a-parta que começou no peito (não peito-mama mas peito-colo, logo ali em baixo do pescoço) e que entao foi atribuida a uma qualquer alergia a um qualquer colar de reles pechisbeque mas que se tem vindo a alastrar a todo o tronco e membros superiores, causando uma comichao horrivel e um mau estar que nem vos conto, decidiu ir ao hospital.
E cá está a mags, a coçar-se como uma piolhosa, à espera de ser atendida. Enquanto isso, escreve aqui umas palavrinhas.
Já a senhora que está sentada à frente da mags faz uma colcha em croché,  que era um farrapo quando a mags aqui chegou e que esta quase quase a dar para uma cama king size. A velocidade a que esta mulher tricota (neste caso, a que faz o croché) é impressionante. Se o Passos visse isto era rapaz para dizer que tambem a urgencia hospitalar, tal como o desemprego,  pode ser uma oportunidade.

E o que custa recomeçar...

Alguns meses de ausência destas lides do blogue fazem com que não saiba muito bem o que aqui escrever, para regressar ao activo.
Na verdade, apesar de a minha vida não ser um triller emocionante,  um romance comovente, uma comédia hilariante ou um policial entusiasmante, também não é um filme do Manuel de Oliveira (no sentido de parado, paradinho) e algumas coisas aconteceram de Julho para cá, que podiam perfeitamente ter sido aqui registadas, por serem  dignas de nota e perfeitamente enquadráveis no que tem vindo a ser a vida deste blog.
Como, por exemplo, o dia em que a cria mais velha me perguntou, num jantar e ao ouvido, o que era um broche (o que para minha surpresa me deixou sem resposta e levou a que a criança fosse perguntar ao pai e não,  não vou aqui reproduzir e explicação então facultada pelo meu ilustre marido).
Como, por exemplo, o facto de nestes meses ter sido submetida a um tratamento inovador (mais propriamente em fase de ensaio clínico) que, ao que tudo indica, me livrou de uma doença que me atormentava há uns anos (uma hepatite C) e que poderia dar aqui lugar a uma serie de posts, que em breve surgirão, mais que não seja para memoria futura.
And so one, and so one...

Mas o facto é que isto de escrever um blogue é mais ou menos como o exercício fisico ou o ginasio, quanto mais tempo estamos parados mais difícil é recomeçar, e quanto menos fazemos menos vontade temos de voltar a fazer.
Valha-me ser uma pessoa coerente, já que tenho estado para o blogue como para o ginasio. Morta e embalsamada.

Mas vou ressuscitar, prometo!

Dolores is back, oh yé!

A ultima vez que aqui passei,  há mais de 3 meses, foi para vir gritar. E nunca mais cá passei. Na verdade nestes ultimos meses tenho gritado bastante, de tal forma que até tenho andado rouca.

Por isso, e porque a minha garganta já está em mau estado, estou capaz de voltar a estas lides do blog, um destes dias. Hoje não,  que tenho que ir dormir pois amanha, adivinhem, acontece mais uma jornada do campeonato de futebol da minha cria mais velha.
Dolores is back, oh yé!