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Livros da minha vida....

Gosto pouco de me referir ao que quer que seja como sendo "a coisa da minha vida", seja a coisa a viagem, o livro, o filme, a música, enfim, o que seja.
Não consigo escolher um só livro, um só filme uma só música. Nas viagens, não será tão difícil, não só porque não fiz assim tantas como os livros que li, os filmes que vi ou as musicas que ouvi, como também porque estou certa que a viagem da minha vida ainda está para vir ( e tenho a esperança que essa viagem não seja a normalmente designada como a "desta para melhor").
Bem, voltando ao tema ( eu sou daquelas pessoas que para dizer uma coisa tão simples como "no sábado fui à praia" conto tudo o que fiz desde a segunda feira anterior, incluindo o cheese burguer que comi na quarta feira), não tenho um livro da minha vida mas tenho vários que marcaram a minha vida, nas suas várias fases e por motivos diferentes.
Em criança, 8/9 anos, li vários livros da Alice Vieira que ainda hoje me lembro ( e que guardo, com excepção do primeiro que vou mencionar e que, à semelhança de muitos outros livros de estimação, emprestei a alguém que não me lembro quem foi mas que é certo que não mo devolveu - aproveito para deixar aqui o meu mais sentido insulto a todos esses alguéns): Rosa Minha irmã Rosa e Lote 12-2Fte, Águas de Verão e Chocolate à Chuva.
Mais tarde, na entrada da adolescência, um livro que vim depois a perceber não ser para a minha idade de então (13 anos, talvez): Christiane F. - os Filhos da Droga.
Mais ou menos nessa altura, li também um livro de que nunca mais me esquecerei e que se chamava "A mãe de David".
Por volta dessa altura, uma mão cheia de livros do Eça de Queiroz, que adoro de uma forma geral, com preferencia para os Maias (que devo ter lido 3 ou 4 vezes) e para a Tragédia da Rua das Flores.
E depois outros tantos, que não me tendo ficado especialmente marcados, gostei de ler: uma mão cheia de livros do John Grishman ( Firma, Dossier Pelicano, o Cliente, o Testamento...), um trio de livros da Lucia Etxabarria ( Amor, Curiosidade, Prozac e Duvidas, Uma história de amor como outra qualquer, Já não sofro por amor) que também emprestei a alguém e que nao me devolveu, um par de livros da Margarida Rebelo Pinto ( Sei lá e Não ha coincidências) e do Miguel Esteves Cardoso ( A Causa das Coisas e o Amor é Fodido).
E tantos, tantos outros.

Depois de ser mãe diminui muito a regularidade da minha leitura, por falta de tempo e de disponibilidade mental. Mas nas ferias vingo-me. E de vez em quando apanho uns livros que me deixam amarradona e que fazem renascer em mim aquele frenesim, de não conseguir parar de ler, de querer só mais um bocadinho, um capitulo, uma pagina, e depois são 3 da manha...
Foi o que me aconteceu há uns meses ( e fora de férias) com um livro que um dia vi numa revista e que no mesmo dia esbarrou contra mim num hipermercado. O Quarto de Jack. Um livro fantástico, empolgante, triste, emocionante. Um livro que desperta em nós sentimentos contraditórios, nos faz suster a respiração, nos faz fazer caretas de nojo ao mesmo tempo que não pode deixar de nos enternecer, um livro que nos prova que o mundo lá fora nem sempre é o que pensamos e que, em determinadas circunstancias ou estados de crescimento, nem sempre parece ser melhor que o nosso pequeno mundo. Um livro que faz sorrir e chorar. Um livro que marca.
Não sei se este é o melhor livro que li mas sem duvida alguma está entre os melhores.
Recomendo, vivamente

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