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O sr. Dr. Fajuto

O senhor ( dr., mas pouco, ou neste caso, fajuto) conseguiu o feito incrível de fazer uma licenciatura em apenas um ano!
Das 36 disciplinas que compunham o curso de Ciência Política e Relações Internacionais, o sr. dr. Fajuto obteve equivalência em 32, fruto dos muitos créditos que o seus invejáveis currículo e experiência profissionais lhe permitiram obter. A tal não terá sido alheio o facto de o sr. Dr. Fajuto ter sido consultor em varias empresas e, essencialmente, a circunstancia de ter sido presidente da Assembleia Geral da Associação de Folclore da Região de Turismo dos Templários - só isto é coisa para valer uns créditos valentes, pois folclore, meus amigos, não é para todos. Este folclore pelo menos não é.
Também não se sabe muito bem como e com que critérios foram dadas as equivalências às 32 cadeiras que o sr. Dr. Fajuto não fez mas isso também não é relevante: o que importa é que o sr. dr. Fajuto acabou por fazer apenas 4 cadeiras e, com isso, ter uma licenciatura.
O que importa é que, ao contrario dos otários (nos quais me incluo) o senhor dr. Fajuto não teve que andar anos a bater com os costados nas aulas, a queimar pestanas e a ser sujeito a humores e caprichos de professores tiranos.
Mas também não teve o privilegio de ter tido professores fantásticos nem colegas que se tornaram amigos para vida, se fez viagem de finalistas deve ter ido sozinho e no baile de finalistas dançou certamente com a vassoura (toma lá, dr. Fajuto, com esta já te lixei!).

E o sr. dr. Fajuto, agora ministro, sente-se agora escandalizado e injusticado com as suspeitas que toda esta situação incompreensivelmente levanta, com as conotações que o povo injusto pretende atribuir a esta situação que nada terá de anormal, com as vaias que o têm impedido de fazer os seus discursos em sessoes solenes para as quais foi convidado.
E eu cá concordo com o sr. Dr. Fajuto, agora ministro, e também eu estou escandalizada e nao acho normal. Justo e normal seria ele levar com um pau nos cornos cada vez que respira ou abre a boca para falar. Isso sim, era de valor.




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