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De pincher a pastor alemão, vão ver.

Tenho andado ausente, é verdade.
Sei que têm sentido a minha falta, e compreendo: eu também tenho sentido a minha falta!
No meio de tanto trabalho (cada vez trabalho mais para ganhar menos, que é como quem diz trabalho o dobro para ganhar metade), treinos e jogos de futebol da criançada, idas ao supermercado, tarefas e rotinas do dia-a-dia, perdi-me e tenho-me vindo a esquecer-me de mim. Aos poucos. Devagarinho. Mas bem vistas as coisas, de forma assustadoramente flagrante. De forma preocupante. Já nem me lembro bem das ultimas vezes em que fiz aquilo que realmente me apetece e gosto, o que me dá na real gana.

Mas o primeiro passo é reconhecer o problema. E esse já reconheci. Estou com uma vida de merda, o que faz com que esteja de há uns tempos para cá com um feitio impossível e com um humor de cão. De cão sarnento. De cão tipo pincher, daqueles que está sempre a ladrar, num ladrar fininho, irritante à brava. Transformei-me num pincher anão.
Primeiro passo dado com sucesso.

Agora faltam os seguintes. Tenho fé que um destes dias chego a pastor alemão. Calma. Serena. Assertiva. Eficaz. Cheia de mim.

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