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Dia de emoções

Hoje o dia foi de emoções. Emoções fortes.
Dia de Festa de Finalistas da cria mais velha, que termina esta primeira etapa da sua vida escolar. A constatação indesmentível de que a cria está a crescer, já não é o nosso bebé mas um pequeno rapazinho que já vai para o 5º ano.
No final da festa, recolhemos à sala de aula, para um pequeno convívio entre alunos, pais e professora. A professora preparou um pequeno filme, com imagens dos pequenos desde o 1º ano (em que, sentados nas cadeiras, mal chegavam com os pés ao chão e ainda eram tão bebés, todos) até agora, à semana passada em que fizeram o passeio de finalistas ao Estuário do Tejo.
E aí é que foram elas! A cria, que não só na inteligência mas também na sensibilidade sai à Mãe, desata num pranto que só visto. Chorava convulsivamente. Porque o ano acaba e vai ter saudades dos colegas e da professora. Porque vai mudar de escola e não segue com os amigos (alguns de uma vida, desde a creche) para a escola de cima, a dos crescidos.Porque tem já tantas saudadas que não consegue conter as emoções. Nem quer contê-las, quer mesmo é chorar como se não houvesse amanhã.

Esta decisão de mudar de escola tem vindo a ser pensada ao logo do ultimo ano, foi discutida entre nós (cria incluída) e foi bem aceite pelo pequeno, que embora demonstrando pena por se separar dos amigos concordou que a opção que lhe propúnhamos era uma boa opção. Inclusivamente temo-lo deixado à vontade para tomar a decisão final, transmitindo-lhe que até ao lavar das cestas é vindima e que se quiser mesmo mesmo continuar na escola essa opção pode ser reanalisada. E ele tem dito sempre que a decisão está tomada, que vai para a outra escola.
Mas a verdade é que as decisões, mesmo livres, por vezes são dolorosas e não é por as tomarmos em consciência e sabermos (ou acharmos) que são as decisões correctas que não sofremos com elas.
Aí está o exemplo. A cria chorava e soluçava. Abraçou vários amigos, a professora, auxiliares e até pais dos amigos com uma tristeza tão profunda que fazia chorar as pedras da calçada. Às tantas chorava eu e chorava o pai, lágrimas a cair pela cara era o quadro familiar.
Ó senhores, porque é que isto é tão dificil! A pergunta inevitável coloca-se: será a decisão certa?

4 comentários:

  1. Parabéns Gonças e Pais babados, tenho a certeza que serás tão feliz na nova escola, como foste nessa, que farás novos amigos que espero que sejam para a vida....Mais uma etapa cumprida e agora outras novas que alcançarás com tanto sucesso, como todas as outras que conquistas-te....que sejas muito Feliz....Bjs meus e da restante familia...Um abraço do Bernas

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  2. PARABÉNS uma vez mais! Bons alicerces e bons valores. Creio que tem das melhores ferramentas para passar à etapa seguinte!
    Toca a fruir os próximos dias de férias e retemperar o corpo e a alma :)

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  3. Conto com o Bernas para ajudar a superar a tristeza dos primeiros tempos. E ele também, acho que é esse o alento a que se agarra...
    Obrigada pelas palavras, a ambas. Beijinhos

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  4. Pois é, decisões certas ou não, que sabemos nós...
    Há que tomá-las e seguir em frente e só o tempo dirá se foram certas ou não!
    Também eu todos os dias me questiono sobre a nossa decisão de ficar, mas o processo é mesmo esse: decidir e mais tarde voltar atrás ou reconhecer o erro se for caso disso e quando for a altura certa de o fazer.
    Tudo de bom para o Gonçalo é o meu desejo!

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