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Gosto do meu bairro!

Gosto do movimento.
Gosto de sair de casa, tomar o pequeno almoço no café, cheio de gente, de passar pela papelaria e pelo supermercado, de andar mais meia duzia de passos e comprar alguma coisa que preciso na loja do chinês, de ir ao sapateiro, ao cabeleireiro, ao multibanco,  à farmácia,  à churrasqueira, ao ginásio, tudo sem pegar no carro.

Gosto de ir com os miudos ao parque, eles de bicicleta, eu a pé.  Eu sento-me no banco de jardim a folhear uma revista, eles estacionam a bicicleta e vão jogar à bola. Entretenho-me à conversa com alguem conhecido que passa ou que também está no parque. Os miúdos entretanto já encontraram colegas de escola de um ou de outro e estão entretidos. 
Na volta eles pedalam e esperam por mim no fundo da rua, para atravessarmos todos juntos. Encontramos uns amigos que também moram no bairro e vamos todos lanchar.  Os miudos brincam. Nós conversamos. 
Tenho amigos por perto. Os miudos tambem. Tenho tudo à mão de semear. Sem pegar no carro. A 5 minutos a pé de um centro comercial. A 1 minuto de carro de acessos para todo o lado.
Adoro o meu bairro.
Se me saisse o euromilhoes e pudesse comprar uma mansão na Quinta da Marinha ia ficar triste por deixar o meu bairro. Mas, pensando melhor, com a terapia adequada (terapia dondoca de choque) rapidamente me punha fina.

1 comentário:

  1. Por falar no teu bairro, que também é o meu, ando cá muito revoltada com o estado a que chegou o complexo do Odivelas Futebol Clube e estou cá a pensar que é demais e é uma vergonha estar ali um campo relvado atrás da minha casa, completamente desaproveitado há um ror de anos e nós com miúdos futebolistas sem ter onde ir ao fim de semana e que podiam bem jogar ali...

    No outro dia vi uns miúdos que não eram do bairro, com uma bola a entrar para lá (o portão está arrombado, assim como tudo o resto, o dinheiro ali gasto foi bem desperdiçado), mas desistiram porque a relva já tem a altura da savana africana!

    E como sou uma idiota pensei: devíamos era ocupar este campo: todos arranjávamos corta-relvas e íamos para lá cortar e depois da relva mais ou menos cortada, fazíamos uma futebolada com os nossos filhos (ou íamos para as bancadas, enquanto ainda há bancos e os pais faziam a futebolada), porque isto é inadmissível e tomávamos conta daquele campo, pelo menos até alguém admitir que é uma vergonha e é inacreditável que um espaço daqueles esteja a ser vandalizado e inutilizado diariamente e ninguém fazer nada!

    O que achas, alinhas neste movimento dos"Sem Terra", neste caso "Sem campo de jogos para os seus filhos"?

    E como agora até estou bastante chateada com isto, até vou já fazer um post no facebook!

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