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Coisas sobre as quais podia falar, aqui e agora.

Hoje podia falar da gravidez da Kate mulher do William filho da Diana e do camafeu e enteado da "jeitosa" da Camilla. Parece que a Kate, para gáudio daqueles que ainda a moça não tinha aterrado da viagem de lua de mel lhe adivinhavam uma barriguinha proeminente, está finalmente de esperanças. Mas não, não vou falar sobre isso.

Podia também falar dos meus dias de estudo com o meu filho mais velho, que esta semana tem testes. Hoje foi o teste de estudo do meio e ontem estudámos tudo quanto era sistema, do digestivo, ao respiratório, passando pelo circulatório, pelo escretor ou urinário e pelo reprodutor (sim sim, com espermatozoides e fecundação à mistura) e devo dizer-vos que já estou perita na matéria. Amanhã será o teste de língua portuguesa, o que equivale a dizer que hoje estivemos a rever a matéria dos nomes comuns, próprios e colectivos, das formas das frases, dos tipos de frases, dos adjectivos, das silabas tónicas e átonas (pela minha rica saúde se eu me lembrava que as silabas não tónicas se chamavam silabas átonas), das acentuações agudas, graves e esdrúxulas.... Quinta-feira será de Matemática, mas ainda não estou preparada psicologicamente para as p... das tabelas que os pobres miúdos têm agora que usar para fazer contas básicas e que com uma multiplicacaozinha da treta, com tabuadas que já aprenderam, demoravam muito menos tempo e eram muito mais obvias. Pelo menos para mim. Mas não, também não vou falar sobre isto.

Também podia hoje e aqui falar das novas regras de facturação e envio da informação referente à facturação às finanças até ao dia 8 do mês seguinte, regras que estão a por empresas, pequenos empresários e contabilistas em polvorosa, e com razão, que a coisa é de loucos. Mas não, não vou falar sobre isto. Até porque a partir de certa hora não posso falar sobre coisas que impliquem o Gaspar e as finanças, sob pena de não pregar olho a noite toda ou, pior ainda, ter uma noite de pesadelos sucessivos e horrendos, daqueles que acordo a chorar baba e ranho com o coração aos pulos.

Vou, sim, falar sobre a fatia do Melhor Bolo de Chocolate do Mundo (o verdadeiro e original) que acabei de devorar, mas, note-se, sem alarvisses, antes com jeitinho, ternura e verdadeiro prazer. E da outra que ainda está no frigorifico a chamar por mim, primeiro de uma forma quase silenciosa e neste momento aos gritos, fazendo-me pôr os dedos nos ouvidos como se de tampões de tratassem, para evitar ouvi-la (à fatia, que grita desesperadamente por mim, que diz come-me, devora-me todinha e no final lambe as beiças, por favor, vem, come-me, vais ver que te arrependes mas que ainda assim vai valer a pena) e, consequentemente, levantar-me deste sofá onde ainda jaz um prato com resíduos da fatia já devorada (poucos resíduos, é verdade, mas ainda assim resíduos) e ir a correr para a cozinha transformar a outra (fatia) em meros resíduos.
Este bolo é, de facto, qualquer coisa de divinal! Eu, que nem sou muito fã de chocolate e doces de chocolate (os de ovos são uma perdição maior para mim) fico tresloucada com este bolo de chocolate, não sei se pelo chocolate macio, quase mousse, e das boas, se por aquela espécie de bolacha em camadas fininhas e estaladiças....
Nham nham, já estou a salivar. Vou só à cozinha comer uma garfadinha, não consigo resistir....

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