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Onde deixei o meu Eu?

Tenho, como já devem ter percebido, um grave problema que afecta a minha existência e que se resume a duas palavras e uma preposição: gestão de tempo.
Os meus dias são curtos para o que tenho a fazer, as horas passam a correr, as semanas voam. E em todas as horas, dias e semanas deixo sempre algumas (muitas) coisas que estavam nos meus planos e agenda por fazer.
E, logo, vivo num stress constante, sempre apressada, sempre atrasada, sempre como se estivesse numa corrida desenfreada para apanhar um comboio que passa dai a dois minutos quando ainda me faltam cinco (minutos) para chegar à estação ...

No regresso das ferias prometi a mim mesma ( e registei-o AQUI) pela enésima vez, que ia gerir melhor o meu tempo. E pela enésima vez faltei ao prometido. Provavelmente porque me tem faltado o tempo para me lembrar. Provavelmente porque ponho tudo e todos à frente de mim e das minhas prioridades. Provavelmente porque as minhas prioridades são, de há uns anos a esta parte (há 20 anos, talvez), todas menos as referentes à minha pessoa. Pior do que não fazer o que gosto é já nem me lembrar daquilo que realmente gosto, eu, a pessoa (maravilhosa, por sinal), a mulher (no sentido "gaja"). Ou saber sequer se gosto verdadeiramente de alguma coisa em concreto, eu, a pessoa, a mulher.

Estou portanto numa crise existencial, em que basicamente me apetecia bater com a porta e ir vender chinelos para o Tahiti. Quem diz chinelos diz agua de coco . Quem diz Tahiti diz Maldivas.

Deste modo, tenho mesmo que gerir (muito) melhor o meu tempo, para ver se esta passagem que é a vida me proporciona alguma felicidade, tranquilidade e realização pessoal.
Porque isto da vida não deve ser só ser mãe, filha, mulher (no sentido de cônjuge, que esposa é um termo que abomino), profissional.
Há-se haver também o Eu. Digo eu...

mags

1 comentário:

  1. Espero que não percas este comboio da tua viagem interior...

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